quinta-feira, 19 de maio de 2011

7ª Fichamento da Gincana - Genética


Araújo J.D.; Filho J.D.A.; Ciorlin E.; Ruiz M.A.; Ruiz L.P. Greco O.T. Lago M.R.; Ardito R.V.

A terapia celular no tratamento da isquemia crítica dos membros inferiores


J. vasc. bras. v.4 n.4 Porto Alegre  2005


  “A pesquisa com CTA [Células Tronco Adulta], é o grande acontecimento da atualidade. Além de serem operacionalmente mais fáceis, não apresentam os problemas ético-religiosos das células embrionárias. Por outro lado, são células embriologicamente mais evoluídas e, por isso, com um caminho menor a percorrer até a sua diferenciação, o que diminui o risco de desvios ontogênicos e de outros efeitos colaterais.”(p.6)
  “Baseados nesse conceito, os pesquisadores começaram a considerar a possibilidade do seu transplante para recompor tecidos destruídos por doenças, por traumas ou por terapias agressivas. De fato, o transplante de células de medula óssea tem sido feito há mais de 40 anos para recompor medulas destruídas por quimioterapia ou radiação e, dessa forma, repor as células sangüíneas, por exemplo, nas leucemias e linfomas.”(p.8)
  “Na década de 1960, pesquisadores descobriram que a medula óssea contém, pelo menos, dois tipos de células-tronco: as hematopoiéticas, que formam todos os tipos de células sangüíneas endoteliais e as células do estroma, uma população mista que pode gerar osso, cartilagem, gordura e tecido fibroso e conjuntivo”(p.10)
  “Supõe-se que as CTA permaneçam quiescentes (sem se dividirem) nos tecidos que constituem seu habitat, até que são ativadas por doenças, inclusive tumores ou trauma, e também para fazer a reposição de células "gastas" no organismo ao longo da vida, através da liberação, no sangue circulante, de células progenitoras (CP), que seriam mobilizadas para os locais onde se fizessem necessárias. Essa mobilização seria feita por substâncias liberadas no local da lesão11. Seriam, assim, uma espécie de "departamento de manutenção" que, com a idade, vai diminuindo sua intensidade de atuação.(...)”(p.12)
  “Quando a CTA não diferenciada se transforma na célula do tecido onde ela "reside", diz-se que houve uma diferenciação. Quando a CTA se transforma em tecido de outro órgão que não o seu, diz-se que houve uma transdiferenciação.”(p.16)
  “As CEP [Células Endoteliais Progenitoras] podem formar novos vasos por três mecanismos; a) angiogênese — capilares que resultariam de brotos originados de vasos já existentes37; b) arteriogênese — aparecimento de vasos que estariam "adormecidos", embora alguns acreditem na possibilidade de neoformação38; c) vasculogênese — formação de novos vasos ou remodelação dos já existentes11.”(p.20)
  “Os estímulos para a mobilização das CTA são gerados por substâncias liberadas na zona isquêmica (milieu dependent), como o fator de crescimento endotelial VEGF, fator de crescimento dos fibroblastos FGF (Fibroblast Growth Factor), citocinas, angiopoietinas e outros39.”(p.23)
  “Outra possibilidade é a de que as próprias CTA produziriam esses fatores de estímulo, que concorreriam para a formação de novos vasos, inclusive estimulando CP "residentes" na região isquêmica (atividade paracrina)40-42, e ainda concorreriam para a melhora do funcionamento do endotélio dos vasos remanescentes, além de promover a sua vasodilação43. É provável que haja uma associação desses vários mecanismos para que haja vasculogênese.”(p.24)
  “O que, porém, parece bem definido é que os fatores de crescimento, as citocinas, angiopoietinas e outros são imprescindíveis em todo o processo e estariam todos englobados no sistema HIF (Hypoxia Inducible Factor), tendo, cada um deles, diferentes variantes tanto na sua parte ativa quanto nos seus receptores39. “(p.25)
  “Aliás, é nesse conceito que se baseia a terapia gênica, que consiste na administração desses fatores por meio de vetores virais ou, então, plasmídeos44,45. É de se esperar, para maior eficiência, a associação das terapias gênica e celular. Na verdade, já há trabalhos reportando essa associação46,47. Alguns deles sugerem, inclusive, a associação de dois fatores de crescimento, por exemplo: VEGF, que formaria tubos endoteliais muito permeáveis e FGF, que promoveria a formação das partes fibrosa e muscular48,49. “(p.26)
  “O problema de a terapia gênica ser mais complexa e laboriosa, envolvendo riscos potenciais quando os vetores são virais, bem como reações adversas a substâncias químicas usadas no seu preparo e, ainda, de os fatores de crescimento terem vida média muito curta, será, certamente, resolvido. É esperado também que as próprias células-tronco recebam marcações genéticas novas, as quais ajudarão a tratar as doenças, inclusive transportando fatores de crescimento específicos para órgãos determinados50-53. “(p.27)

Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492005000400011&lng=pt&nrm=iso#fig01

Um comentário:

  1. Bom artigo e boa postagem, Taís.
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    Mas a referência lá encima poderia ser colocada seguindo as regras da ABNT.
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    Autor. Título. Revista. Volume. Número. Páginas. Ano.
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