Viegas Y.
Gestação e cárie dental
Gestação e cárie dental
Rev. Saúde Pública v.4 n.1 São Paulo jun. 1970
“O aspecto quiçá mais importante, a fim de elucidar se existe ou não uma relação entre gestação e cárie dental, traduzida por um aumento do ataque de cárie durante a gravidez, está na elaboração de estudos de incidência comparando gestantes e não gestantes.”(p.1)
“Examinamos 132 mulheres no início de gestação, mas destas, em apenas 82 pudemos concluir nossas observações. Em relação às não gestantes houve também uma perda similar, pois que das 65 nas quais procedemos o exame inicial, apenas em 40 pudemos realizar o segundo exame.”(p.5)
“Tal fato se deve às dificuldades inerentes ao trabalho com o elemento humano. Assim é que tivemos perdas de pacientes devidas ao problema da gestação em si (abortos, por exemplo) e pelo abandona por parte da gestante à assistência da Seção de Higiene Materna do Centro de Saúde. Por essa razão nossa investigação exigiu um período de tempo igual a 2 anos e 2 meses.”(p.6)
“A idade das gestantes variou de 17 a 40 anos, tendo uma idade média de 25,88, e a das não gestantes, de 21 a 40, tendo uma idade média de 28,37.”(p.7)
“O método empregado para a verificação do ataque de cárie foi o índice CPOS. O exame foi feito sob luz artificial empregando-se espelho plano e sonda exploradora n.° 5.”(p.8)
“Os dados foram anotados numa ficha individual cujos itens classificadores eram idade e número de gestações.”(p.10)
“Em ambos os grupos foram realizados dois exames em cada mulher. O primeiro, nas gestantes, foi feito imediatamente após a constatação da gestação, e o segundo foi executado no final da gestação. Para as não gestantes, estipulou-se um intervalo de tempo que correspondesse aproximadamente ao das gestantes.”(p.11)
“O resultado das observações, inicial e final, feitas nas 82 gestantes encontra-se na Tabela 1 onde se pode verificar o CPOS inicial e final, correspondentes ao primeiro e segundo exames, e sua incidência. Nessa tabela também podemos constatar o período de observação, o número de gestações correspondentes a cada gestante e a idade.”(p.15)
“Ao se analisar os dados dos dois grupos nota-se que as médias do período de observação são pràticamente iguais em ambos, equivalendo a 6 meses aproximadamente. Verifica-se ainda que as médias de superfícies atacadas pela cárie não são muito diferentes, sendo ligeiramente maior no grupo das não gestantes (68,75 – 61,10). Isto é explicável porque a média de idade nas não gestantes também é maior (28,37 – 25,88). Observa-se mais que as médias de incidência de superfícies atacadas pela cárie são similares (2,00 – 1,85). Feito o teste de diferença de médias, pôde-se concluir que tal diferença não é estatìsticamente significante.”(p.17)
“Nossos resultados evidenciaram que a diferença de incidência de superfícies cariadas entre gestantes e não gestantes não é estatisticamente significante. Isto demonstra que o ataque de cárie se processa independentemente de qualquer efeito metabólico.”(p.18)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101970000100011&lng=pt&nrm=iso
Boa seleção de artigo científico. Embora, esteja um pouco difícil fazer a ligação com a disciplina de Genética, rssss.
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O fichamento pode ficar também mais adequado à técnica de fichamento.
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Ver livro de METODOLOGIA CIENTÍFICA - e.g., Marconis e Lakatos.